sexta-feira, 25 de março de 2011

As Propriedades do Som

E aí, galera! Que a paz do Senhor Jesus esteja com vocês!

Puxa vida... Há mais de um ano eu não passo por aqui! É a correria... Mas tô de volta pra continuar a nossa saga. Muito bem, onde paramos? A gente tava falando do som, isso mesmo. Esse post vai servir pra gente fazer a ligação que existe entre o som e as notas musicais. Vamos falar de quatro propriedades do som que têm tudo a ver com notas musicais: 1) altura, 2) intensidade 3) timbre 4) duração. Vamos lá.

1) Altura
Como a gente já falou, o som é uma onda que aparece a partir da vibração de alguma coisa. Essa coisa que fica vibrando chama FONTE e pode ser suas cordas vocais, as cordas de um violão, etc. O que é importante é que a fonte vibre entre 20 e 20 mil vezes por segundo. Aí está o primeiro ponto. A altura do som tem a ver exatamente com a freqüência de vibração da fonte. Quanto mais ciclos por segundo, mais agudo é o som.

As asas de um pernilongo vibram mais ou menos umas 300 vezes por segundo. Isso produz um som mais agudo que a hélice de um helicóptero, por exemplo, que gira a umas 120 vezes por segundo.

Você pode perceber então que altura em música não tem nada a ver com o que chamamos de volume. Isso que a gente chama de volume é, na verdade, a intensidade do som. Altura tem a ver com graves e agudos e não com volume. Assim, por mais estranho que pareça, o correto é falar que o som do pernilongo é alto e o do helicóptero é baixo.

2) Intensidade
É claro que o som de um helicóptero é muito mais intenso que o som das asas de um pernilongo! Por isso mesmo dizemos que o som do pernilongo é fraco e o som do helicóptero é forte.

A intensidade é medida em decibéis (dB), através de um parâmetro chamado NÍVEL DE INTENSIDADE SONORA. A figura abaixo mostra alguns níveis de intensidade sonora comuns no nosso dia a dia.



É muito importante para o músico saber explorar a intensidade do som, fazendo a música crescer ou ficar suave na hora certa. Por favor, nada de ficar ensurdecendo ou outros com solo de guitarra enquanto o vocalista tá cantando ou falando! Isso é o que chamamos de DINÂMICA, e infelizmente muitos por aí não fazem idéia que isso exista!

3) Timbre
O timbre é o que permite aos nossos ouvidos reconhecer a fonte do som, no sentido de saber se vem de uma voz humana, se é a voz de uma pessoa ou outra, se é o som de um piano, de um violino, de um sax, etc.

O timbre tem a ver com a forma da onda de som, ou seja, tem a ver com a maneira como a "bolha de ar" que transmite o som se enche e esvazia. A maneira como isso acontece, por sua vez, tem a ver com o formato da fonte de som. As pessoas têm vozes diferentes exatamente porque o formato do tórax, da laringe, dos dentes, etc. são diferentes de pessoa pra pessoa. O mesmo acontece com os instrumentos.

É importante também para o músico saber explorar os timbres. Os bateristas têm que saber bater com a baqueta na cúpula do prato ou na borda, os guitarristas têm pedaleiras com infinitos efeitos e os amplis têm equalizadores exatamente pra isso.

As duas figuras a seguir mostram a diferença de timbre no formato da onda, neste caso, da representação da onda. As figuras são uma captura de tela do Sound Forge mostrando uma nota lá de 440 Hz, a primeira produzida por um violino e a segunda produzida por um piano.




4) Duração

A duração do som é o tempo durante o qual o som é transmitido. Combinar sons breves e longos é que determina o ritmo da música. Você já viu código Morse? É exatamente uma seqüência de sons breves e longos para transmitir uma mensagem.

Quando lemos uma partitura - coisa que eu não consigo fazer - a duração das notas é representada pelo tipo de desenho das figuras, mais ou menos assim:



Por enquanto é isso aí. Continuamos depois!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Som

Vamos falar do som.

Me desculpe quem não gosta de Física ou de Matemática, mas é aqui mesmo que a explicação da coisa começa! O som é um fenômeno físico relacionado à vibração mecânica. Todo e qualquer som vem da vibração de alguma coisa: suas cordas vocais, a coluna de ar dentro de um instrumento de sopro, as cordas de um instrumento de cordas, e por aí vai...

Quando um objeto está vibrando, isso consiste em quatro etapas que formam um ciclo:

1) deslocar as partículas de um lugar de repouso até um afastamento máximo,
2) voltar ao repouso,
3) deslocar até um afastamento máximo no outro lado e
4) voltar ao repouso.

Esse é o ciclo completo de uma vibração. Para que os nossos ouvidos consigam ouvir o som, esse ciclo tem que acontecer de 20 a 20 mil vezes por segundo! Isso quer dizer que as vibraçoes que conseguimos ouvir têm uma freqüência de 20 a 20 mil hertz. 1 hertz (1 Hz) é um ciclo por segundo. Abaixo de 20 Hz temos infra-som e acima de 20 mil Hz (20 kHz) temos ultra-som, duas faixas que nossos ouvidos não conseguem pegar.

Qualquer coisa (qualquer mesmo!) pode vibrar. De certa forma, essas vibrações não ficam apenas no objeto que está vibrando (a FONTE), mas também faz vibrar o ambiente ao redor. No caso do som, esse ambiente geralmente é o ar. Dessa forma, uma fonte de vibrações vai ficar "empurrando" e "puxando" o ar ao redor, gerando regiões de baixa e alta pressão. Essa perturbação no ar não fica parada, mas vai se deslocando, viajando pelo ar ambiente a mais ou menos 340 metros a cada segundo. Isso é uma ONDA SONORA.

A forma da onda sonora não tem nada a ver com aquele desenho parecendo um tanto de montanhas e vales. Embora esse desenho represente bem uma onda, não é assim que a gente iria enxergar uma onda de som. A onda de som é tridimensional, e viaja no ar como se fosse uma bolha que vai se enchendo e esvaziando à medida que aumenta de tamanho. Que cois estranha!

Dêem uma olhada nesses vídeos. Pode ajudar a entender:

Vídeo 1 (É só uma ilustração, mas ajuda)

Vídeo 2 (Um documentário completo, mas tá em inglês)

Bom, pessoal, preciso ir pra aula agora, depois continuo....

Começando a Falar de Música

Olá, pessoal!

Vamos começar a falar de Música. Antes de falar do que são as notas musicais, é muito importante entender que a Música é uma arte. Sendo uma arte, não existe o certo nem o errado, existe apenas um modo de fazer que varia de região para região no mundo e também ao longo da História. É como a pintura, a escultura ou a culinária. Cada povo tem seu gosto e cada indivíduo de um povo também tem seu modo de fazer. O que é valorizado é a criatividade, e assim, temos muita diversidade em Música. Volto a dizer: não existe certo e errado em Música, existe sim o mais comum, e o que é comum fazer vai depender da cultura musical de cada povo.

Muito bem. Falando em culturas diferentes, é importante também entender que a maneira de organizar os sons varia de acordo com a cultura. Os árabes, os indianos e os chineses, por exemplo, organizam as notas musicais de uma maneira totalmente diferente da nossa maneira, que é de tradição européia. A tradição européia na organização da notas musicais vem desde os tempos atigos da Grécia, e toda a nossa música ocidental é baseada nessa tradição. Por isso, é dela que vamos falar, sem deixar de comentar as outras, chinesa, árabe, quando couber.

Dito isso, podemos começar a falar de Música. E a Música começa na Acústica. Por isso, no próximo post vou começar a falar do som: como ele é produzido e quais são as suas características principais. Até lá.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O que vamos escrever

Bem, pessoal, queremos deixar aqui um esboço do que pretendemos publicar. Não queremos sair colocando dicas a torto e a direito, sem nenhuma lógica, porque não estamos aqui para confundir e sim para ajudar.

Como a gente falou no último post, somos lá da Igreja Batista Resgate em Belo Horizonte. Aliás, se você mora em BH, bem que fica fácil fazer uma visitinha, né? Taí o mapa:


Exibir mapa ampliado

Lá na IBR temos um curso chamado Oficina de Louvor Arte e Júbilo, que é um espaço oferecido exatamente pelo mesmo objetivo que nos leva a escrever este blog: capacitar músicos cristãos em início de ministério. Baseado no curso da Oficina, pretendemos seguir o seguinte roteiro para as postagens:

1. Teoria de Música
1.1 As notas musicais: O som. As notas musicais. Acidentes. Notação musical.
1.2 Intervalo: O que vem a ser isso? Como contar intervalos e classificá-los. Intervalos compostos. Inversão e superposição de intervalos. A importância dos intervalos, como e porquê usá-los.
1.3 Escala: As principais escalas: Maior natural, menor natural, menor harmônica e menor melódica. Escala pentatônica. Modos gregos (isso é pro Guilherme!).
1.4 Acorde: Como montar um acorde. Inversão de acordes.
1.5 Melodia: Como é que a gente combina as quatro mil notas que o ouvido consegue perceber.
1.6 Harmonia: Como é que a gente combina as quatro mil notas que o ouvido consegue perceber juntando umas dez de cada vez.
1.7 Ritmo: O que te faz bater o pé toda vez que ouve uma música.

Falando sério, Melodia, Harmonia e Ritmo são coisas que vemos estudar mais relaxadamente, sem muuuita teoria. A coisa é mais interessante na prática pra esses três.

No mais, queremos rechear o blog de vídeos, figuras e links externos pra você aproveitar ao máximo.

Também vamos falar um pouquinho de áudio: sonorização de ambientes, acústica (que é o melhor de tudo!), equipamentos de som (aquele tanto de botõezinhos não é pra deixar a mesa de som mais complicada!), etc.

Se esquecemos de alguma coisa, lembraremos depois. Deus abençoe e até a próxima!

No ar!

Olá, este é o blog de teoria musical que pretende ser o mais acessado entre os músicos cristãos que estão iniciando seus ministérios. Realmente, queremos que ele seja o mais acessado, porque o que vamos disponibilizar aqui é um conteúdo de boa qualidade e especialmente escolhido para ajudar nossos irmãos a superar as dificuldades que encontramos no início de ministério.

Vivemos em um país com pouco acesso à leitura, mas com grande acesso à internet. Por isso, acreditamos que escrever em um blog terá muito mais efeito que escrever um livro, embora a gente queira escrever ainda vários livros, se Deus assim permitir.

Quem somos nós? Dois ministros de louvor que iniciamos a caminhada há uns sete anos, servindo a Deus com os talentos que Ele mesmo nos deu! Meu nome é Jonas Araújo, e com o auxílio do meu guitarrista preferido, o Guilherme, pretendo levar até você tudo o que aprendi nesses sete anos de ministério. Alguém pode dizer que não é lá tanta coisa assim, e eu estarei de pleno acordo, mas é o suficiente para chegar a sete anos de ministério, e também é um conhecimento que não se vê de graça em um único lugar nessa internet!

No mais, que tudo o que você ler aqui possa ser mais algumas das muitas bênçãos de Deus na sua vida! Um abraço e até o próximo post!